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Roberio Motta

Verde Terno

Forte

Feito teu tu

Forte feito nossos Quiriris

Forte feito as minas do Coxá

Em uma Aurora ribeira do médio salgado

A observar a obra do filho de Ingazeiras

Aldemir Martins

De pinceladas fortes

Que ultrapassam o próprio tempo

O gato que bebe na caqueira

O pássaro em busca do alpiste

O cangaço a passar distante

O conde na estrada do sonho

O médico baiano sem flor

Na busca do serrote dos minérios

Cobre, ouro e mistérios.

  

Forte feito nossa Chapada

donde nasce o dia irradiando

um pouco de cada um de nós

Forte feitos nossos gigantes que existem sim

e sopram a cada dia de lá pra cá

Deixando contente o que dantes era triste

E seu sopro se ensurdece

na Serra do Horto em reverência ao nosso Santo

E trazem acalanto sob o céu inda azul

 

Forte feito a feitura de si

Do verde terno de gigantes

Que tem o nome de Chapada

E abraça o nosso CARIRI!

 

Motta, R em Doze de 6 de Um Tal de Vinte e Vinte e Um.