Forte
Feito teu tu
Forte feito nossos Quiriris
Forte feito as minas do Coxá
Em uma Aurora ribeira do médio salgado
A observar a obra do filho de Ingazeiras
Aldemir Martins
De pinceladas fortes
Que ultrapassam o próprio tempo
O gato que bebe na caqueira
O pássaro em busca do alpiste
O cangaço a passar distante
O conde na estrada do sonho
O médico baiano sem flor
Na busca do serrote dos minérios
Cobre, ouro e mistérios.
Forte feito nossa Chapada
donde nasce o dia irradiando
um pouco de cada um de nós
Forte feitos nossos gigantes que existem sim
e sopram a cada dia de lá pra cá
Deixando contente o que dantes era triste
E seu sopro se ensurdece
na Serra do Horto em reverência ao nosso Santo
E trazem acalanto sob o céu inda azul
Forte feito a feitura de si
Do verde terno de gigantes
Que tem o nome de Chapada
E abraça o nosso CARIRI!
Motta, R em Doze de 6 de Um Tal de Vinte e Vinte e Um.