Pai!
Muitos estão perguntando
Por onde andas você
Querem saber por quê
Deixastes o povo sozinho
Eles não conhecem tua lei
E nem teus mandamentos
Não têm conhecimento
Da tua coroa de espinhos
É preciso que tu voltes
É necessário que venhas
Mostrar de novo o caminho
Pai!
Teu povo aqui só muda
Tua escritura não estuda
Qual não veem também
Aqui a matéria é demais
Já cobriu os teus sinais
Não se entende ninguém
É preciso que tu voltes
É necessário que venhas
Para poder salvar alguém
Pai!
Aqui estranha-se a flor
Não existe mais amor
Se foi o que ele deixou
Por isso faço um apelo
O povo precisa vê-lo
Tocar de novo o Senhor
É preciso que tu voltes
É necessário que venhas
E diga “filhos aqui estou”
- Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 9 de junho de 2022 23:53
- Comentário do autor sobre o poema: Escrevi a Poesia “Apelo ao Pai”, procurando refletir a descrença em Deus por grande parte das pessoas hoje em dia. Existem vários deuses físicos, que fazem sombras à vida de Jesus Cristo e de conhecer os seus mandamentos. Jesus disse a seus discípulos durante a caminhada do seu apostolado: “Quem quiser ser meu discípulo tome sua cruz e siga-me”(Mc 8,34). No entanto, sua escritura está ficando nas prateleiras, substituídas por outras literaturas. Conforme os versos 5 e 6 da segunda estrofe: “Aqui a matéria é demais”, “Já cobriu os teus sinais”, pode ser um dos motivos dessa descrença. São Julião Eymard já dizia: “Recebei as cruzes como mudanças de tempo, e conservai-vos em paz com a graça de Deus”. Se nós observássemos essa riqueza de ensinamento, talvez as nossas cruzes e sofrimentos como “mudanças de tempo”, tivessem um outro olhar. Porque, muitas vezes, os sofrimentos nos aparecem como um apelo de Deus para que mudemos de vida, para que nos aproximemos do seu amor e da sua misericórdia. Quantas pessoas vivem distantes de Deus e só diante de um grande sofrimento é que conseguem encontrá-lo. Na Poesia, nos versos 6 e 7 da terceira estrofe, dizem: “O povo precisa vê-lo, tocar de novo o Senhor”, porque não falamos somente de sofrimentos físicos, mas dos sofrimentos existenciais que são muitos e ainda piores.
- Categoria: Religioso
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