Honorato Ferreira de Araujo

A Batalha

Acordar, ainda há tempo

O tempo é de partir

E lutar por novos ritmos

Mesmo que não carregue no peito

Uma louca vontade.

 

A disputa é contínua, não baixar as armas

Lutar feito cão de guerra

Na tenaz batalha contra os covardes.

 

Combater a guerrilha de homens vorazes

O mundo está um campo severamente minado

As feras lutam por suas vaidades

Zombam do suor e do sangue outrora jorrados

Dizem só seus todo o acumulado.

 

Já não são tão sutis

Acuam e desnudam e deixam muitos com fome

Soberbos, pisoteiam e esmagam e negam.

Seus produtos embocam os mares, cruzam ares

Como zumbis perambulam,

Enganam e mentem e roubam e violentam e matam

Sem dó ou piedade.

 



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