Pela noite alta, no planalto, invernado
Bruma fria, lua nua, coração encolhido
Cai sobre a alma sonido suspiro partido
No silêncio oco dum abandono calado
Na rua de calçadas desertas, caído
Aflição e ilusão, pelo chão moldado
Na sequidão do inverno do cerrado
Vozeia o afeto num gemido sentido
Num gesto desfalecido e já olvidado
Saudades assopradas do vento árido
De sombras de amores já esquecido
Cutuca a solidão do tempo passado
E neste poetar solitário e sem sentido
Vaza triste espalhafato acabrunhado
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2017, junho - Cerrado goiano
Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado
- Autor: poeta do cerrado - Luciano Spagnol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 8 de junho de 2022 05:29
- Categoria: Não classificado
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