Espiando pela janela
Percebo ela
Perambulando pela ruela
Em busca de amor,afetividade
Na era moderna
Mal sabe ela
Que os reflexos da colonização
Dificultam a construção
De laços, de uma relação
A discriminação não permite
Amor a uma preta não
Amor romântico
Para as mulheres de cor
Quando ela busca
Transformar sua realidade
É quando ela mais se afasta
Da rede do amor
Amor revestido
De cuidado e respeito
É o que todas querem
Evoca do peito
Semelhante á violência
Aos nossos corpos
Pelos senhores de engenho
A discriminação é também
Truculenta
É desrespeito
Ao pensar que o amor da preta
Está fadado
a uma vida solitária
Ela se reinventa
Como uma borboleta dourada.
- Autor: Sidneia Oliveira ( Offline)
- Publicado: 3 de junho de 2020 21:38
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 18
Comentários2
O amor há de transcender algum dia todo e qualquer preconceito que mancha nossa humanidade. A esperança tem que ser regada diariamente.
Seu poema de desabafo e de luta é necessário. Parabéns!
Obrigada.
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