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Sidneia Oliveira

Amor de cor

Espiando pela janela

Percebo ela

Perambulando pela ruela

Em busca de amor,afetividade

Na era moderna

 

Mal sabe ela

Que os reflexos da colonização

Dificultam a construção

De laços, de uma relação

A discriminação não permite

Amor a uma preta não

 

Amor romântico

Para as mulheres de cor

Quando ela busca

Transformar sua realidade

É quando ela mais se afasta 

Da rede do amor

 

Amor revestido

De cuidado e respeito

É o que todas querem

Evoca do peito

 

Semelhante á violência

Aos nossos corpos

Pelos senhores de engenho

A discriminação é também

Truculenta

É desrespeito

 

Ao pensar que o amor da preta

Está fadado

a uma vida solitária

Ela se reinventa

Como uma borboleta dourada.