Manoela

Um samba inesperado

Que tanto de voz é essa
Na minha cabeça?
Vem em ritmo de samba
Como se eu entendesse de bandolim


Quem sabe em vidas passadas
Eu fosse mulata
Cheirava à boemia
Isso muito explicaria
O porquê de muita coisa em mim

 

Sambava
Cantava um choro
Tomava cachaça
Ria das desgraças
Contadas por Jobim

 

Hoje em dia eu choro
Em forma de verso
Disfarçado de poesia
Não nego, confesso
Eu gostaria
de conhecer aquela mulher


Talvez esse seja o motivo
de tanta loucura
Essa sensação de mistura
De não saber de onde eu vim

  • Autor: Manoela (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de Junho de 2020 08:33
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 22
  • Usuário favorito deste poema: Samuel SanCastro.

Comentários3

  • Nelson de Medeiros

    Vidas passadas, avatares de dor, sofrimento e aprendizado. Quem não pensa nestas verdades?

    10 pra ti, Manoela

    1 ab

  • Samuel SanCastro

    Poema soberbo, encantador!
    Com uma brasilidade maravilhosa... adorei

  • Crica Marques

    Belíssimo poema! Leve e ao mesmo tempo intenso. Parabéns!



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