Murilo Lima de Andrade

Prometi Amor Eterno

A cabeça se abaixa

A ideia não encaixa

O espelho mostra um franze em meio à testa

Quem me dera um canto de boca pra cima, como se tivesse em festa

No banheiro eu me refaço e volto à luta meio que quebrando galho 

Ao som do tictaqueado espero o fim da jornada de trabalho

É que desde ontem estou assim meio nocauteado 

Na verdade muito antes já estava derrotado

Tal qual um ouriço parado

Feri quem vive ao meu lado

Mas logo aquela que prometi meu amor eterno?

Mas que amor é esse, se não sei mais ser fraterno?

Ela disse sentir falta de quando eu sentia sua falta

Mas eu fiquei parado, não fui capaz de dizer nada

Na verdade eu não tenho tristeza

Na verdade eu não tenho frieza

Agora só remorso, e uma grande aflição!

Será que é sinal que ainda tenho um coração?

Será que ele só sente quando leva um chacoalhão?

Aaaahh! Que raiva, que raiva, que raiva!

Porque não foi na frente dela que minha boca gritava?

Pra ela ver que ainda quero construir com ela uma história

Mas ao mesmo tempo tenho medo dos meus arquivos de memória

Será que depois de tudo eu esqueço?

E de novo será que esmoreço?

Será que volto para aquele meu velho dia a dia?

Dia a dia...

De apatia

  • Autor: Murilo Lima de Andrade (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de Maio de 2022 14:54
  • Comentário do autor sobre o poema: Você que leu, se puder escrever algo que me conforte ficarei imensamente grato. Ele foi escrito hoje e representa como estou me sentindo. Obs.: Faz muito tempo que não escrevo, e como tenho dificuldades em falar o que sinto... Eu deveria escrever mais!
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 5


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