Sou boneca russa
Cada vez que me abro
Encontro mais uma
É tanta mistura
Que essa brincadeira
De ser por inteira
Tem me deixado confusa
Levanto a bandeira
De ser verdadeira
Mas dentro de mim
Mora uma intrusa
Meu corpo parece
Uma enorme república
Diferentes mulheres ele habita:
Da irônica à sensível
Da ninfo à pudica
Ninguém se entende
Nem se comunica
Quando uma se impõe
A outra só grita
Então passam os dias
E eu, paciente,
Passo o tempo
Tentando entender
Quem vai e quem fica
- Autor: Manoela ( Offline)
- Publicado: 2 de junho de 2020 07:39
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 19
- Usuários favoritos deste poema: Jakeline Isabel
Comentários4
Que maravilha de escrita, poeta.
Qual a mulher que não se ver assim? Bela analogia.
Muito obrigada, Maria Vanda!
Lindo texto! Muitas em uma só, assim somos, e ainda bem! Abçs
É verdade, Crica. Tantas que nos deixam tontas... Mas ainda bem mesmo, porque são elas que também nos fazem evoluir muito e nos conhecer melhor. obrigada pelo seu comentário!
Já coleciono teus poemas! Muito bom!
Que honra, Samuel! Feliz demais pela recepção que estou encontrando aqui. Obrigada, mesmo!
Detalhou em palavras a essência feminina.
Eu me vi aí, muito bom.
Parabéns!
Que gostoso saber que você se identificou! Muito obrigada!!
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