A noite vinha chegando
Naquela estrada deserta
Os pirilampos piscando
No campo dando alerta
A noite chega sombrosa
Estrelas oscilam incertas
O andante tem vida nua
E somente o luar da lua
Lhe serve como coberta
A lua uma grande esfera
Em movimento rotação
Tece seus raios na terra
Desvelando a escuridão
O andante tira sua esteira
Nas dobras tênues do chão
Ali dorme alguns instantes
Seu próprio sono é andante
Qual o som de seu coração
Na estrada há uma figueira
Tronco rude de muitos anos
Disposta tal qual a barreira
Que ataca o vento serrano
É ali um abrigo importante
Para àquele andante tirano
No caule recosta seu tino
Um viandante sem destino
Há mundos fora do plano
- Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 26 de abril de 2022 02:43
- Comentário do autor sobre o poema: Escrevi a Poesia “Andante”, com objetivo de refletir sobre o homem errante, erradio, errático, sem rumo ou pouso certo. Meu verso nada tem a ver com o título de transporte intermodal que lhe permite viajar nos transportes públicos da Área Metropolitana do Porto. Quer ande de autocarro, de metro ou de comboio, pode usar sempre o Andante. Meu poema procura desvelar um estilo de vida (andante) bastante comum em todas as nacionalidades. Desde o cavaleiro andante, na Idade Média, que ia de região a região a procurar aventuras, àquele que anda, que caminha; transeunte, viandante, passante.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 22
Comentários2
Excelente, parabéns.
Obrigado Victor pelo incentivo! Forte abraço.
Gostei muito do poema. É diferente e reflexivo.
Bom dia, poeta Arlindo Nogueira!
Bom dia Poetisa Leide! Obrigado pelo carinho.
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