A noite vinha chegando
Naquela estrada deserta
Os pirilampos piscando
No campo dando alerta
A noite chega sombrosa
Estrelas oscilam incertas
O andante tem vida nua
E somente o luar da lua
Lhe serve como coberta
A lua uma grande esfera
Em movimento rotação
Tece seus raios na terra
Desvelando a escuridão
O andante tira sua esteira
Nas dobras tênues do chão
Ali dorme alguns instantes
Seu próprio sono é andante
Qual o som de seu coração
Na estrada há uma figueira
Tronco rude de muitos anos
Disposta tal qual a barreira
Que ataca o vento serrano
É ali um abrigo importante
Para àquele andante tirano
No caule recosta seu tino
Um viandante sem destino
Há mundos fora do plano