DUALISMO

Arlindo Nogueira

O mundo nasceu de Deus

Dos seus projeto e planos

Esse arquiteto soberano

Com seu mistério e poder

O quanto mais ler e saber

Sobre o mundo e a cultura

Não saberás que as alturas

É que comandam nosso ser

 

Bem onde a terra se acaba

É lugar onde o mar principia

Camões escreveu isso um dia

Ao observar esses elementos

O mar e a terra como inventos

Do nosso Criador e supremo

Que através de pés e remo

Conduz vida em seu templo

 

A vós resplendor deu Sol e Lua

Camões e “Vênus em formosa”

Diana casta “Juno em mimosa”

Versos dualidades de Camões

Que ao planeta faz menções

Da África da Europa e da Ásia

Assim o mundo dual criou asas

Nas histórias e nos corações

 

O homem pela sua vontade

Desbravou a terra e o mar

Na crosta aprendeu plantar

Nas ondas nadou com calma

Vivendo as duas sem traumas

Num saber que nunca se sabe

Mistérios na mente não cabe

É dualismo de corpo e alma

 

  • Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 24 de abril de 2022 13:30
  • Comentário do autor sobre o poema: Escrevi essa Poesia “Dualismo”, refletindo sobre religião e filosofia. Aquela fala sobre o princípio comum a diversas profecias, que pregam a coexistência irredutível do corpo e da alma, ou seja, do bem e do mal. Esta comunga do padrão recorrente de pensamento desde os primórdios da filosofia, que busca compreender a realidade e a condição humana dividindo-as em dois princípios básicos, antagônicos e dessemelhantes. Como por exemplo: forma e matéria, essência e existência, aparência e realidade. Do que metaforicamente, escrevemos “Dualismo”, ao ler Os Lusíadas do poeta português Luís Vaz de Camões. É uma das obras mais importantes da literatura de língua portuguesa, que foi escrita e publicada em 1572. Ela foi inspirada nas obras clássicas a “Odisseia”, de Homero, e a “Eneida”, de Virgílio. Ambas são epopeias que narram as conquistas do povo grego. Camões escreveu em seu livro, “Onde a terra se acaba e o mar principia...”, baseado no Farol do Cabo da Roca, que está situado no Parque Natural de Sintra-Cascais. Foi construído, em pedra, no ano de 1772, e está no ponto mais ocidental do continente europeu. Uma lápide registra a frase do maior escritor português, Luís de Camões, quando este se refere ao Farol como: “Aqui… Onde a terra se acaba e o mar começa…”.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 41


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