VISITA
Era um dia de agosto
O sol mal tinha se posto
Começava a escurecer
A brisa fresca ainda corria
Era o fim de mais um dia
Só mais um entardecer;
Ela chegou, mas nem vi
Apenas a percebi
Pelo arrepio do corpo;
Depois de um certo tempo
A gente vai aprendendo
E continua vivendo
Com a nova companheira;
É um costela que estala
Mas a gente nega a fala
Não conta nada a ninguém
Um joelho que ainda dói
Quando a chuva se revela
Um tornozelo que quebra
Uma dor aqui, ali, acolá
Nada para reclamar;
Hipertensão, coração
Probleminhas de visão
Tireóide ou glicemia
Um pouco de anemia
Para tudo há tratamento;
São sintomas da visita
Que chega fazendo fita
Não manda nem avisar
E já vem de malas prontas
Pra nunca mais retornar.
LEIDE FREITAS
( 23.04.2022 )
- Autor: LEIDE FREITAS (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 24 de abril de 2022 00:26
- Comentário do autor sobre o poema: Um tema delicado, mas necessário!
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 40
- Usuários favoritos deste poema: Antonio Olivio
Comentários3
Bela reflexão. Com a maturidade vem os problemas de saúde que temos que conviver com eles. A medicina está muito evoluída . Há tratamento para quase todas enfermidades. Ainda bem. Um abraço amiga poetisa. Bom domingo!
Obrigada por tua leitura e feedback.
Excelente domingo, poeta Vilmar Pereira.
Vida tão efêmera,quanto um dia que nasce e na curva de 24 horas ela tomba de um lado ao outro, o sol.
E nós também somos tombados , este nosso corpo cansado se deita para escutar o som da vida partindo...
Gostei muito ,muito desta visão que você trouxe Leide de Freitas , a poetisa que tomba em versos nesta nossa existência: tão fugaz,quanto um raio de sol!!
Perfeitamente! É preciso aprendermos e adaptarmos a casa fase da vida.
Excelente domingo! Poeta Antonio Olivio.
Sim, precisamos ficar atentos! Oportuna reflexão, poeta!
Boa tarde!
Obrigada por tua leitura e apreciação.
Boa noite, caro poeta Shmuel!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.