Cura

Alberto Souza

Como pode a vida ser assim.
A felicidade em segundos se destrói.
O semblante alegre se desfaz,
E a tristeza tão vazia nos corrói.

Abram alas a esse mundo doentio,
Que consigo traz o odor de sofrimento.
Sofrimento com gosto de pessoas,
Gosto amargo de veneno.

Sangue esparramado pelo chão,
Almas que nunca iram pró céu.
Pedidos de clemencia que foram em vão,
Foram estes que tiraram o nosso véu.

Esposas casadas com luxúria,
Maridos inspirados pela agressão.
Crianças ameaçadas por amarguras,
Adolescentes que encontraram a depressão.

Bem-vindos ao nosso lar doentio.
Um lar tão alegre e desesperador.
A alegria que perdura através de sangue,
E festas com confetes de terror.

Abram alas para o mal que chegou.
Outro mal que no começo ninguém ligou.
Um vírus destruindo lar por lar,
Igual faz um nojento governador.

Querem mesmo acabar com isso tudo?
Querem mesmo achar uma cura?
Então responda-me uma pergunta.
Há cura para sociedades obscuras?

  • Autor: Alberto (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de abril de 2022 02:41
  • Comentário do autor sobre o poema: Foi um poema criado justamente para nos fazer pensar sobre o amargor da vida sabe? Ver como injustiças, crueldades, negatividades podem afetar nossa mente. E na minha visão como autor, nos faz enxergar um lado podre disfarçada em sorrisos. E o ponto principal é que não há culpados, mas sim, culpas. A culpa de talvez estarmos ignorando o que não deveria ser ignorado.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 6


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