Como pode a vida ser assim.
A felicidade em segundos se destrói.
O semblante alegre se desfaz,
E a tristeza tão vazia nos corrói.
Abram alas a esse mundo doentio,
Que consigo traz o odor de sofrimento.
Sofrimento com gosto de pessoas,
Gosto amargo de veneno.
Sangue esparramado pelo chão,
Almas que nunca iram pró céu.
Pedidos de clemencia que foram em vão,
Foram estes que tiraram o nosso véu.
Esposas casadas com luxúria,
Maridos inspirados pela agressão.
Crianças ameaçadas por amarguras,
Adolescentes que encontraram a depressão.
Bem-vindos ao nosso lar doentio.
Um lar tão alegre e desesperador.
A alegria que perdura através de sangue,
E festas com confetes de terror.
Abram alas para o mal que chegou.
Outro mal que no começo ninguém ligou.
Um vírus destruindo lar por lar,
Igual faz um nojento governador.
Querem mesmo acabar com isso tudo?
Querem mesmo achar uma cura?
Então responda-me uma pergunta.
Há cura para sociedades obscuras?