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Lá fora uma brisa que me espreita!
Insiste em caminhar comigo nessa solidão,
solidão de palavras e gestos, sem abrigo,
constantemente nessa alcova de angústias.
Há um mundo maior que esse quarto, aniquilando-me.
Muitas incertezas nas tuas feições vazias,
tantas esperanças contidas nessa solidão,
nesses corpos corroídos nesse tempo inexorável.
Há o balouçar das ondas, do navio de porto em porto.
O balouçar das pessoas dentro desses navios ermos,
O balouçar das pessoas dentro dessas ondas transbordantes.
Lá fora há mais que a vida, que as ondas, que os navios....
Há muito mais que essa moldura dessa paisagem,
refletindo esse desespero de nossa mudez permanente!
Há a casa em silêncio, espectro dessas sombras,
escondendo as noites impertinentes, entre penumbras.
Lá fora há mais que os anseios, as frustrações,
há o imaginário do que não vejo, do que só ouço.
Entre paredes há espectros destoantes desses desencontros,
ruminando permanentemente nossas desesperanças!
- Autor: JTNery (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 11 de abril de 2022 07:36
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
Comentários1
um poema repleto de emoção, parabéns poeta!
Bom dia.
Obrigado.
Um grande abraço.
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