Roberio Motta

Dobradiças do tempo

Inda somos sonhadores

Penados de asas em plumas 

De versos em rumas

De saudades nas rugas

Cansadas pisaduras

feito dobradiças do tempo 

Mourão esquecido ao vento

Terra nua de árvores abatidas

Aves léguas da partida

Água doce inda sobrevivida

 

E no balanço da rede

O Ancoradouro é armador

A saudade é na alma a dor

Feito a lavanca esquecida

Lenço em lágrimas espremidas

Remando, cantando feito trovador

 

E eu que ia beber 

E serestar

Preferi voltar 

Ao sapé 

Ficar inerte

Sorr   indo 

Deitado 

Enrolado de ti!

 

 

Um 10 de Abril de Vinte e Vinte e Dois

Estado de Graça do Cariri

  • Autor: Soldadinho do ARA-ARI-PE (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de Abril de 2022 10:55
  • Comentário do autor sobre o poema: Ao tempo vento Que pise devagar Deixando dobras Sem deixarmos de sonhar! Foto: Lago di Como, Itália por R. Motta Em uma manhã de domingo.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 23

Comentários1

  • Izabel civaz

    bonito e intenso, parabêns poeta.



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.