Roberio Motta

Dobradiças do tempo

Inda somos sonhadores

Penados de asas em plumas 

De versos em rumas

De saudades nas rugas

Cansadas pisaduras

feito dobradiças do tempo 

Mourão esquecido ao vento

Terra nua de árvores abatidas

Aves léguas da partida

Água doce inda sobrevivida

 

E no balanço da rede

O Ancoradouro é armador

A saudade é na alma a dor

Feito a lavanca esquecida

Lenço em lágrimas espremidas

Remando, cantando feito trovador

 

E eu que ia beber 

E serestar

Preferi voltar 

Ao sapé 

Ficar inerte

Sorr   indo 

Deitado 

Enrolado de ti!

 

 

Um 10 de Abril de Vinte e Vinte e Dois

Estado de Graça do Cariri