ÁGUAS DE MARÇO  

Arlindo Nogueira

Andando pelas dunas

Desde da beira do cais

A esperar pela escuna

Talvez nem vem mais

Fundiu-se nos oceanos

Tal qual dor que passo

Das seguidas lavinas

Das águas de março

 

O silêncio da lágrima

Denuncia algum medo

Em seu olhar de águia

Há um fito de segredo

Que imerge na retina

Luz de descompasso

Das seguidas lavinas

Das águas de março

 

O desvelar e nuances

Que estão dentro de ti

Dão asas ao romance

Por qual choras assim

São ondas em caracóis

Inundando teu espaço

Das seguidas lavinas

Das águas de março

 

As lágrimas que rolam

Feito ondas em sua tez

Emergem de histórias

Mal contadas talvez

São neblinas da vida

Cortinando percalços

Das lavinas seguidas

Das águas de março

 

  • Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de abril de 2022 02:39
  • Comentário do autor sobre o poema: Escrevi a Poesia “Águas de Março” em referência a um dos artistas brasileiros que teve maior projeção no exterior, Tom Jobim foi um maestro, músico, cantor, pianista e compositor que, acima de tudo, gostava de enaltecer nas suas canções seu país e sua cidade natal, Rio de Janeiro. E uma das suas composições geniais, foi “águas de março”, escrita em março de 1972. A minha composição, refere poeticamente sobre águas como: lágrimas, neblinas, ondas e oceanos, em um texto poético. Tendo como premissas os versos, que fazem parte do gênero literário denominado "lírico". Onde combinamos as palavras, os significados e a qualidade estética. Estruturando estrofes onde prevalece a linguagem sobre o texto, com diferentes dispositivos fonéticos, sintáticos e semânticos.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 23


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