Andando pelas dunas
Desde da beira do cais
A esperar pela escuna
Talvez nem vem mais
Fundiu-se nos oceanos
Tal qual dor que passo
Das seguidas lavinas
Das águas de março
O silêncio da lágrima
Denuncia algum medo
Em seu olhar de águia
Há um fito de segredo
Que imerge na retina
Luz de descompasso
Das seguidas lavinas
Das águas de março
O desvelar e nuances
Que estão dentro de ti
Dão asas ao romance
Por qual choras assim
São ondas em caracóis
Inundando teu espaço
Das seguidas lavinas
Das águas de março
As lágrimas que rolam
Feito ondas em sua tez
Emergem de histórias
Mal contadas talvez
São neblinas da vida
Cortinando percalços
Das lavinas seguidas
Das águas de março