Enigmática Solidão!
… Enigmática solidão!
Tens me tirado o meu descontinuar na minha solicitude
Minha face descreve minha tormenta
E o meu pensar fica na caixa de enigmas
Em milhões de fragmentos que já não posso decifrar.
… Involuntária melancolia
Vai dilacerando a alma
Flagela minha indumentária solidão
Faz doer nas vias do coração
Consumindo toda energia.
Encapa a alma
Refrigera o coração
E ao léu, deixa enigmas
Sua essência, à mercê da solidão.
Desconecta do nirvana
Refugiou-me de tudo e todos
E da velha intuição.
Ouvi levemente sussurros da ventania
Logo, rogo pela minha querência.
Passam-se as horas de indagação
Passam dias, semanas…
Já não se pode vê a linha da imaginação
É hora de deixar nas mãos do senhor tempo.
Desvelando um novo dia
Apelo aos anjos na minha inquietação
Com harpa prontificaram ao som da melodia
Rogo-te exaustiva manifestação.
Busco novas alegorias
Busco contagiar-me de alegria
Busco a forma de amar em euforia.
Quimera!
Solidão! Eu penso, eu choro
Intuição! Eu sinto, eu vejo
Libertação! O vento sopra e devasta
Toda minha solidão!
_ Ernane Bernardo
- Autor: Ernane Bernardo (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 3 de abril de 2022 20:37
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 26
Comentários2
Um poema sofrido,quase um gemido emitido na solidão. A arte tem dessas coisas: nos pega pelo avesso e a dor nos atravessa. Poema triste,mas belo. Chapéu!
E assim nesta dor , o poeta vai sobrevivendo...
Muito bom Ernane!!
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