Se mereço sorrir,
não careço chorar,
pro endereço do ir,
ofereço doar.
Se me apreço pelo zelo,
não sou avesso à paciência,
me empenho, sem atropelo,
no desenho da consciência.
Se posso dizer,
não acosso ao escutar,
pro esboço do debater,
endosso o meditar.
Se gosto do que tenho,
não desgosto do escolher,
pro oposto do desdenho,
não aposto no conter.
Se denoto o que penso,
não arroto insatisfação,
pro remoto contrassenso,
fica o voto de redenção.
- Autor: Marcelo Veloso ( Offline)
- Publicado: 30 de março de 2022 07:52
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 24
Comentários4
Massa, bela construção.
Obrigado, Victor.
Sábias rimas. Equilibrio e espontaneidade no viver. Mais ainda: auto controle das situações. Gostei dos teus versos poeta. Ótima quarta-feira
Elfrans, muito obrigado pelos comentários, gostei dos apontamentos "espontaneidade no viver" e "auto controle das situações". Abraços.
Muito bem desenvolvido e conciso poema. Um abraço!!!
Muito obrigado, Vilmar. Abraços.
Gostei muito dos contra_ pontos e das oposições bem sagazes. Você é bom de rima,rapaz! E tem imaginação! Chapéu!
Bom dia, Maria dorta. Como sempre generosa e atenciosa nas suas colocações, nos seus comentários. Aproveitando o "E tem imaginação" - imagina a ação em sempre escrever mais! Rsrsrs. Abraços.
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