A alma silencia

Liduina do Nascimento

 

A  alma silencia


            Ao sentir, profundo, e dolorido, da nossa ínfima 
esquecida  existência, onde estagnamos feito poças d'águas 
obscuras, perdidas pelas ruas invisíveis, sem querermos 
pela estrada da vida  continuar a caminhar, instante em que 


com olhos fixos no topo da escuridão da noite, tantos pensamentos 
loucos insistem e necessitam serem sufocados, no anonimato, 
verdades que não se precisa ouvir, para sempre iremos calar.... 

e, por entre vozes irritantes ocas e desinteressantes, dessas 
vozes que nos puxam por caminhos alheios à nossa vontade 
de querermos ficar ou voltar... é quando a alma silencia, quieta, 
contrita, adormece, sem nada inovador, para o amanhã esperar.

Liduina do Nascimento

  • Autor: Liduina do Nascimento (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de março de 2022 09:17
  • Comentário do autor sobre o poema: Silenciando
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 11


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