A alma silencia
Ao sentir, profundo, e dolorido, da nossa ínfima
esquecida existência, onde estagnamos feito poças d\'águas
obscuras, perdidas pelas ruas invisíveis, sem querermos
pela estrada da vida continuar a caminhar, instante em que
com olhos fixos no topo da escuridão da noite, tantos pensamentos
loucos insistem e necessitam serem sufocados, no anonimato,
verdades que não se precisa ouvir, para sempre iremos calar....
e, por entre vozes irritantes ocas e desinteressantes, dessas
vozes que nos puxam por caminhos alheios à nossa vontade
de querermos ficar ou voltar... é quando a alma silencia, quieta,
contrita, adormece, sem nada inovador, para o amanhã esperar.
Liduina do Nascimento