Paulo Luna

Mário de Andrade

Mário de Andrade

É o comandante desvairado

Do meu navio fantasma

Navegamos pela São Paulo

Que nunca vi

 

Entre fantasmas e brumas

O sangue pisado da memória

Numa esquina um soldado

Um ou outro mendigo

Meu capitão

Solta as amarras desse navio

Atravessa com olhos dourados

O fogo e as brumas

Vamos em frente

Acenando ao elefante

 

Ninguém está mesmo contente

Então vem a chuva

O navio se parte

E o capitão apita

Salve-se quem puder

  • Autor: Paulo Luna (Offline Offline)
  • Publicado: 28 de Março de 2022 09:38
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 11

Comentários1

  • Shmuel

    Ótimo...uma viagem surreal por SP .

    Abraços!



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