Mário de Andrade
É o comandante desvairado
Do meu navio fantasma
Navegamos pela São Paulo
Que nunca vi
Entre fantasmas e brumas
O sangue pisado da memória
Numa esquina um soldado
Um ou outro mendigo
Meu capitão
Solta as amarras desse navio
Atravessa com olhos dourados
O fogo e as brumas
Vamos em frente
Acenando ao elefante
Ninguém está mesmo contente
Então vem a chuva
O navio se parte
E o capitão apita
Salve-se quem puder