Paulo Luna

Mário de Andrade

Mário de Andrade

É o comandante desvairado

Do meu navio fantasma

Navegamos pela São Paulo

Que nunca vi

 

Entre fantasmas e brumas

O sangue pisado da memória

Numa esquina um soldado

Um ou outro mendigo

Meu capitão

Solta as amarras desse navio

Atravessa com olhos dourados

O fogo e as brumas

Vamos em frente

Acenando ao elefante

 

Ninguém está mesmo contente

Então vem a chuva

O navio se parte

E o capitão apita

Salve-se quem puder