São 6:30 da manhã, alguém me bate a porta.
E em meio a chuva fria.
Percebo que está de volta.
Sente-se aqui... Melancolia.
Você chegou tão cedo.
E me pergunto se vai ficar por muito tempo
Guardarei sua bagagem comigo, parece ter peso.
Sinto que o papo vai ser tenso.
Vou passar um café.
E acender a lareira.
Creio que veio a pé.
Pela estrada da feira.
Ah... você não veio conversar.
Então o que faz aqui?
Tem algo para me entregar.
Por isso eu vi.
Meu sonho me avisou sobre.
Me atentou sobre esse momento toda noite.
E lagrimas em meu olho não coube.
O momento seria... hoje.
Não podemos chegar a um acordo?
É que finalmente aprendi a viver.
Eu posso pagar o dobro.
Mas tens que me esquecer.
Quem te mandou, mora dentro de mim?
Então é um caso de traição.
Só me resta dar fim.
A essa guerra sem razão.
(Melancolia)
Criança, você e eu temos muito em comum.
Somos destinados a sofrer.
Em um mundo sem destino algum.
Por isso vim até você.
Da ultima vez eu te avisei.
Que eu poderia voltar.
Tu nunca fostes meu rei.
E não é agora que será.
"Aprender a viver" não é certo.
Eu tenho a muito tempo te observado.
E mesmo estando quieto.
Vi que sua alma tem chorado.
Um dia iras aprender a me evitar.
Por enquanto siga tranquila.
Pois até lá...
Ainda tem muito a caminhar.
- Autor: Jhonata S. Santos (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 24 de março de 2022 00:36
- Comentário do autor sobre o poema: Se pudesse olhar o motivo da sua tristeza nos olhos, o que perguntaria?
- Categoria: Conto
- Visualizações: 14
Comentários1
Adorável conversa!
A vida tem dessas coisas.
Foi um prazer ler-te.
Boa tarde, Antropoetico
Muito obrigado Leide!
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