Minguado, decidido
Sou pingo descingido
Não só, sou multidão
Ignoro o destino
Ainda que em desatino
O encontro com esse chão
Eu me jogo, não demoro
Pois do alto onde moro
Era vasta amplidão
Cair, meu advento
Caio e sigo com o vento
Minha precipitação
Eu era enevoado
E agora aglutinado
Fluida condensação
Assim eu me entrego
Faço-me gotas, e rego
Molho sua plantação
E sou temperamental
Se me inervo, temporal
E faço devastação
Quando estou zangado
Com enxurrada faço estrago
Solto o urro do trovão
E lanço até granizo
Mas antes lanço um aviso
Com raios em clarão
Do horizonte caio em véu
Quero mesmo é ir ao céu
Sublime vaporação
E é preciso muita clareza
Respeitando a natureza
E em março fecho o verão
E o tempo é que encerra
As respostas para a Terra
Cumprindo cada estação
- Autor: Hébron (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 21 de março de 2022 18:58
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 33
Comentários4
Mas bah... uma pública forma da "Biografia da chuva". Nota 10, poeta. Bonito barbaridade, e além de tudo, com uma explicação satisfatória da interferência meteorológica. Parabéns. Baita abraço, tchê.
Caro poeta, muitíssimo obrigado!
Grande abraço
BRAVO! Você entende de Meteorologia, Paleontologia, Direito em todos aspectos,desvenda todos segredos das 4 Estações como Vivaldi fez na sua composição! É um assombro esse talento nato. Ajoelho_ me em reverência!
Graciosa amiga Maria Dorta, seus mimos arrancam-me sorrisos de alegria!
Muito obrigado
que poesia linda, exelente... amigo poeta!
Muito obrigado, Izabel!
Abraço, amiga poetisa
Concordo com a Dorta você é eclético e escreve com conhecimento de causa. Foi um prazer ler-te.
Boa tarde, poeta Hebrom
Obrigado, graciosa poetisa, pelo gracioso comentário!
Abraço
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