No silêncio ensurdecedor, nasce a voz que se cala, motivadamente calada, pelo próprio barulho que faz. Silenciosamente gritante, pelo mesmo motivo que traz, o simples eterno, o mero, sem paz. E neste denso universo, calado, imerso, em si próprio está, entorpecido e quieto , perdido entre os versos sem ter o que encontrar, sem ter o que falar, sem ter o que escutar. Gritando em silêncio , intenso sem ar. A fala se cala com medo de tais idiomas, se pondo no coma das línguas, se pondo sem dona querida, se pondo em estrondo, na surdez da vida. Assim, repleto de si, ausente de ti, aqui e ali, assim, de presente pro fim
- Autor: venicio ( Offline)
- Publicado: 19 de março de 2022 12:33
- Categoria: Triste
- Visualizações: 24
Comentários2
Gostei!
Abraço
Obrigado
Que poético!!!
Muito obrigado.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.