Na tua ausência, minhas noites são longas!

Saudades, torturam-me, insistentemente,

deixando meu quarto nessa precariedade,

Só há tristeza e melancolia nessa tua partida.

 

Sombras contornam meus sonhos ensimesmados.

Sonhos imersos nessa sonolência entre lembranças,

lembranças intensas da tua ausência anunciada,

amordaçando meus desejos latejantes, nessa espera.

 

Ficou tarde demais para mim! Tarde demais para nós!

Ilusões quebradas nessa descontinuidade,

nesses lampejos de complacência, de mesmices,

nas minhas imperfeições e desatinos perturbadores!

 

Noturno silêncio torturando-me indulgentemente!

Intermináveis devaneios nesse flagelo, sem comiseração!

Incongruências embalando meus dissabores, nesse abismo.

Angústias repetidas, dilacerante nessas sombras tênues!

 

Tua ausência nessa monotonia impassível!

Caminhos tortuosos, constrangido nessa prostração.

Recônditos segredos nesse turbilhão de pensamentos,

devorando visceralmente o que me resta.

 

Vagas torturas, nesse abandono!

Tristeza mansa nesse amor incorrigível!

Indecisos passos nessa penumbra.

Amor entre fendas, ruminando desejos.

 

Te vejo novamente, nessa intimidade, entre desejos!

Atormentando meus pensamentos entre suspiros.

Recordação tênue das minhas lembranças de outrora,

desses dias esvaindo-se nessa tarde sem esperança.