Amadeu Campos

Ela

É mulher mais que viçosa

Uma pele primorosa

Alma de sacerdotisa

Cada curva sinuosa!

Consistência nada cremosa

A pele é superfície lisa

De vontade imperiosa

Uma fala maviosa

De opinião indivisa

Deveras impetuosa

Bastante dispendiosa

Altivez de Artemisa

Mais de verso do que de prosa

De silhueta portentosa

Gosta de suar a camisa

De todo jeito charmosa

Vez ou outra ambiciosa

Coisas boas catalisa

Ao mesmo tempo bondosa

Algumas vezes manhosa

Só quer amar, sempre frisa

Bastante obsequiosa

E como já dito acima, sestrosa

Inspirada Poetisa

Quase sempre despretensiosa

Deveras espirituosa

E inteiramente precisa

Nunca foi inescrupulosa

De trajetória remansosa

Olha bem por onde pisa

Tão faceira e graciosa

Boa como árvore frondosa

Uma fonte de pesquisa

Há quem diga que é feiosa

E como já dito, sestrosa

A boca de um congro-rosa

De conversa proveitosa

Uma deusa periculosa

De modo algum preguiçosa

Cada mão habilidosa!

Dependendo do prato, gulosa

Risada espalhafatosa

Inteligência astuciosa

Em todos os aspectos vistosa

Com todo mundo se entrosa

Jamais é desrespeitosa

Completamente talentosa

Extremamente curiosa

Com os estudos rigorosa

Deixa o mundo em polvorosa

Detesta gente invejosa

Eita mulher poderosa!

E por tudo o que foi falado, formosa

E por ser tudo isso

É de tal modo importante

Pois destrói com todo o medo

Dessa vida tão moderna

Desse dia-a-dia sangrento

Que a todo instante bate à porta

Todo o pânico se esvai

Frente a extasiante visão

Dessa menina-mulher Rosa

Nada de ruim se assenta

Já nada de mal se aplica

E a maldade que assola este pequeno planeta

Que permeia os sangrentos noticiários

Torna-se coisa deveras distante

E tal constatação aponta-nos o caminho

Mais seguro a ser trilhado

Para que o mundo seja salvo

E perpassa pelo carinho

O falado e o não contado

O Amar e ser amado.

 

 

 

 

 

  • Autor: Amadeu Campos (Offline Offline)
  • Publicado: 28 de Maio de 2020 17:36
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 32
  • Usuário favorito deste poema: Rita Correia.


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