É mulher mais que viçosa
Uma pele primorosa
Alma de sacerdotisa
Cada curva sinuosa!
Consistência nada cremosa
A pele é superfície lisa
De vontade imperiosa
Uma fala maviosa
De opinião indivisa
Deveras impetuosa
Bastante dispendiosa
Altivez de Artemisa
Mais de verso do que de prosa
De silhueta portentosa
Gosta de suar a camisa
De todo jeito charmosa
Vez ou outra ambiciosa
Coisas boas catalisa
Ao mesmo tempo bondosa
Algumas vezes manhosa
Só quer amar, sempre frisa
Bastante obsequiosa
E como já dito acima, sestrosa
Inspirada Poetisa
Quase sempre despretensiosa
Deveras espirituosa
E inteiramente precisa
Nunca foi inescrupulosa
De trajetória remansosa
Olha bem por onde pisa
Tão faceira e graciosa
Boa como árvore frondosa
Uma fonte de pesquisa
Há quem diga que é feiosa
E como já dito, sestrosa
A boca de um congro-rosa
De conversa proveitosa
Uma deusa periculosa
De modo algum preguiçosa
Cada mão habilidosa!
Dependendo do prato, gulosa
Risada espalhafatosa
Inteligência astuciosa
Em todos os aspectos vistosa
Com todo mundo se entrosa
Jamais é desrespeitosa
Completamente talentosa
Extremamente curiosa
Com os estudos rigorosa
Deixa o mundo em polvorosa
Detesta gente invejosa
Eita mulher poderosa!
E por tudo o que foi falado, formosa
E por ser tudo isso
É de tal modo importante
Pois destrói com todo o medo
Dessa vida tão moderna
Desse dia-a-dia sangrento
Que a todo instante bate à porta
Todo o pânico se esvai
Frente a extasiante visão
Dessa menina-mulher Rosa
Nada de ruim se assenta
Já nada de mal se aplica
E a maldade que assola este pequeno planeta
Que permeia os sangrentos noticiários
Torna-se coisa deveras distante
E tal constatação aponta-nos o caminho
Mais seguro a ser trilhado
Para que o mundo seja salvo
E perpassa pelo carinho
O falado e o não contado
O Amar e ser amado.