Do que estou disposto a abrir mão?
De geração em geração colocam em nossas mãos escolhas feitas.
Dizem, "guarde minha escolha e minha visão na palma de sua mão,
será o melhor para você".
A mão se fecha carregando pelo caminho a pesada e intocável
sensação de carregar a razão.
No meio do caminho, escolhas devem de ser feitas, mas se carrego algo que foi me dito,
então, já fiz a escolha, apenas olhando para minha mão.
Padrões que se repetem protegendo ideias e visões, de um mundo que talvez já existiu ou não.
Talvez apenas, pura frustração.
Se você permitir olhar com o tempo o que carrega nas mãos,
verá apenas o pó do que um dia pode ter sido uma mágoa resguardada por alguém.
Abrir mão de quem não se é, é dar a mão a quem você quer ser.
Carregar, talvez, apenas visões que te foram dadas quando se abriu um sorriso no rosto.
Para que seja o sorriso, viver constante e lembrança de de abrir mão,
quando escolho dar minha mão aos outros.
Para que os dedos das mãos se entrelacem em união, é preciso que esteja aberta a palma da mão.
Abrir mão é deixar ir o que foi, mas também, sentir no tato o que agora está, para que nada nos defina.
- Autor: Viglio Schneider (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 11 de março de 2022 08:23
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
Comentários1
Amei teu poema. É o segundo que leio e te descubro denso,com conteúdo,mexe comigo porque imprevisível. Aplausos!
Grato por suas palavras Maria! 😀
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