Do que estou disposto a abrir mão?
De geração em geração colocam em nossas mãos escolhas feitas.
Dizem, \"guarde minha escolha e minha visão na palma de sua mão,
será o melhor para você\".
A mão se fecha carregando pelo caminho a pesada e intocável
sensação de carregar a razão.
No meio do caminho, escolhas devem de ser feitas, mas se carrego algo que foi me dito,
então, já fiz a escolha, apenas olhando para minha mão.
Padrões que se repetem protegendo ideias e visões, de um mundo que talvez já existiu ou não.
Talvez apenas, pura frustração.
Se você permitir olhar com o tempo o que carrega nas mãos,
verá apenas o pó do que um dia pode ter sido uma mágoa resguardada por alguém.
Abrir mão de quem não se é, é dar a mão a quem você quer ser.
Carregar, talvez, apenas visões que te foram dadas quando se abriu um sorriso no rosto.
Para que seja o sorriso, viver constante e lembrança de de abrir mão,
quando escolho dar minha mão aos outros.
Para que os dedos das mãos se entrelacem em união, é preciso que esteja aberta a palma da mão.
Abrir mão é deixar ir o que foi, mas também, sentir no tato o que agora está, para que nada nos defina.