Não me culpe
Por sua guerra
Nesse campo de batalha
Da alma em desabrigo
Bravo soldado
Sem dó ou mansidão
Não me julgue
Se caio em terra
No descampo da mortalha
Que se desalma no jazigo
Aos brados alarmados
Sem voz do coração
Mas recolho meu exército
Não por amargo de derrota
Não por um eu que se cala
E se encerra em casamata
Nesse embate que se aborta
Mas pelos tantos muitos
Que esperam pelo anúncio
Do decreto da remissão
- Autor: Hébron (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 11 de março de 2022 08:06
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 31
Comentários2
um poema bem atual, como se ouvíssemos o choro das vítimas da guerra, ötima poesia, um abraço poeta.
Obrigado, poetisa, pela gentil presença. É um poema da tristeza humana...
Abraço
Não me culpe
Por sua guerra
Nesse campo de batalha
Da alma em desabrigo...
Sim, temos a tendência de nos fazer de vítima e procurar um culpado... quando sempre somos nós que atraímos o caos
Boa noite, poeta Hebrom
Leide, seu comentário sempre me traz alegria.
Interessante a sua percepção da leitura.
Abraço, amiga poetisa
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