Hébron

Sem culpa

 

Não me culpe 
Por sua guerra 
Nesse campo de batalha 
Da alma em desabrigo
Bravo soldado
Sem dó ou mansidão 

 

Não me julgue 
Se caio em terra
No descampo da mortalha 
Que se desalma no jazigo
Aos brados alarmados
Sem voz do coração 

 

Mas recolho meu exército 
Não por amargo de derrota
Não por um eu que se cala
E se encerra em casamata
Nesse embate que se aborta 
Mas pelos tantos muitos
Que esperam pelo anúncio 
Do decreto da remissão