NO
CORA COROADA
Chico Lino
Nesses dias de enclausurada
quarentena
Entre lives e limpeza
Do vasilhame doméstico
A família esperava um brownie assar
Veio ao meu sentido do forno
Um enorme desejo de saborear
Doces histórias da doceira goiana
A Poeta Cora Coralina
Bati à sua porta
Fui acolhido por um delicado sorriso
De avozinha surpresa com o neto
Estávamos na cozinha
Falou-me com gosto e sabedoria
Das miudezas da vida
Em seus poemas:
"Saber Viver"
"Aninha e Suas Pedras"
Das alcunhas da "Mulher da Vida"
A fraternidade universal
De "Ofertas de Aninha"
A umidade
Que semeia polmes dourados
No lixo podre, em "Becos de Goiás"
Do dia em que foi marcado
Com a pedra branca
Da cabeça de um peixe,
Em "Meu Destino"
Dentro de mim
Na minha vida
A vida mera das obscuras,
Em "Todas as Vidas"
Tantos outros mais...
Prometi sempre voltar
Nosso brownie ficou pronto
Estava muito gostoso
Mas Cora,
Para o sabor dos seus versos
Não encontro a palavra precisa
Só penso em doces-delícias...
- Autor: Chico Lino (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 28 de maio de 2020 00:10
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 43
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.