Em algum sonho fui nuvem
Vagava desprezando o tempo
Era fulgurante, muito fulgurava
Era figurinhas e era gravuras
Só conhecia o que era liberdade
Era um sonho no sonho
Que ao despertar despencava
Precipitando das alturas
Se era fantasia ou se realidade
A queda não tinha tamanho
Sem saber quem era, eu errava
Parecia a minha desventura
Sem ciência alguma da verdade
Fluido, denso corpo estranho
Ao chão eu já me enxurrava
O solo que era antes secura
Deleita-se na minha fluidade
Da queda, agora me emaranho
À terra me perdia, me sugava
Seduz-me essa minha mistura
A vida surgia em fecundidade
E ao próprio destino proponho
Que das poças que me empoçava
Fizesse espelhar as aventuras
De tantos sonhos de infantilidade
Era um sonho no sonho
Era fulgurante, muito fulgurava
Era figurinhas e era gravuras
Só conhecia o que era liberdade
Vagava desprezando o tempo
Em algum sonho fui nuvem
- Autor: Hébron (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 5 de março de 2022 11:28
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 28
Comentários3
De uma poesia única...."Vagava desprezando o tempo
Em algum sonho fui nuvem"
Hebron, me ensina a fazer versos tão esmerados!!!
Abraços?
Grande Shimul, meu amigo!
Obrigado! Seus versos são um esmero, meu poeta!
Abraço
Para o alto, poeta.
Disse o Cristo: "Quem crer em mim ... do seu interior fluirão rios de água viva". João 7:38. Baita abraço.
Caro Dr. Francisco Mello, obrigado!
Forte abraço
Uma preciosidade é esse seu texto, com elementos poéticos com muito significado. Parabéns por mais essa inspiração. Abs.
Muito obrigado, meu amigo!
Coisas de sonho...
Abraço
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