O poema urge
Quem o pode esperar?
estilhaço de lâmpada partida
vida perdida no meio da dança
trança de pão comido por formigas
o olho do olho do dragão
fumaça de chaminé vazia
ave que desce devagar
tráfego intenso de labutas
o poema
ainda urgiria
se não fosse o fosso
poço de petróleo
atrás do vampiro havia um fuzil
Mas o poema
Urgência atroz de tocaia
Gargalha borbulha e dança
Quem o alcança
Não tropeça nem cansa
Olha o desvio da rota
E salta de pára-quedas
- Autor: Paulo Luna ( Offline)
- Publicado: 4 de março de 2022 13:01
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 13
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