Quando embalsamei o meu corpo
No elixir sagrado – Vinho Panteístico
Que os deuses sorvem do ‘’místico’’
Rebanho – salguei-me, absorto!
Chovia em todo meu ser, navalhas,
Perfurando-me o peito e os olhos;
E o mar, que chocalhava-me os ossos,
Chocalhava também as minhas falhas.
E só, no se ir das ondas, eu naufraguei
Meu barco nos corais: tanta beleza
Tinha no olhar, tanta sede; – Afundei
No azul de um céu que encontrei...
E ao beber de minha própria profundeza:
M’embriaguei, Tornei-me Deus, e me afoguei!
Itamar FS
- Autor: Itamar FS (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 27 de fevereiro de 2022 00:07
- Comentário do autor sobre o poema: Poema que expressa a Dor que transborda do Ser, afogando-o, nos mares de suas próprias ilusões.
- Categoria: Gótico
- Visualizações: 14
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