A curiosidade é uma coisa feia,
que faz da vida alheia,
um bode expiatório.
Coloca na veia porosa,
uma substância venenosa,
o mentir tão predatório.
O vesgueio da intriga,
faz surgir a briga,
e detona com a razão.
O linguajar fica picante,
replica em uma sonora deliberante,
que espedaça o coração.
O mexerico é um bulício,
que promove um sacrifício,
quando se esparrama,
inquieta, fere e vitupera,
sem dar conta que isso gera,
tirar a doçura de quem ama.
O boato é ilusão que se espalha,
ferindo como uma navalha,
sem qualquer transigência,
se envolve de pretexto,
mas, perde todo o contexto,
pela falta de prudência.
O status prende à vaidade,
e cria um desgaste na habilidade,
deixando fluir o preconceito,
revelando um ser inconhecível,
desagradável e insensível,
a um mínimo de respeito.
Ah, se a sensação do desgosto,
faz a "gente" perder o gosto,
e o sentido de viver,
então, para emergir do desalento,
o remédio para o sofrimento
é a "si próprio" conhecer.
- Autor: Marcelo Veloso ( Offline)
- Publicado: 21 de fevereiro de 2022 08:13
- Comentário do autor sobre o poema: Gente e si próprio, tem neste contexto poético, a referência mais "justa" do apropriar da reflexão e não da redundância. Resumindo: sem chicana!
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 18
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