C O S C U V I L H I C E

Marcelo Veloso

A curiosidade é uma coisa feia,

que faz da vida alheia,

um bode expiatório.

Coloca na veia porosa,

uma substância venenosa,

o mentir tão predatório.

 

O vesgueio da intriga,

faz surgir a briga,

e detona com a razão.

O linguajar fica picante,

replica em uma sonora deliberante,

que espedaça o coração.

 

O mexerico é um bulício,

que promove um sacrifício,

quando se esparrama,

inquieta, fere e vitupera,

sem dar conta que isso gera,

tirar a doçura de quem ama.

 

O boato é ilusão que se espalha,

ferindo como uma navalha,

sem qualquer transigência,

se envolve de pretexto,

mas, perde todo o contexto,

pela falta de prudência.

 

O status prende à vaidade,

e cria um desgaste na habilidade,

deixando fluir o preconceito,

revelando um ser inconhecível,

desagradável e insensível,

a um mínimo de respeito.

 

Ah, se a sensação do desgosto,

faz a "gente" perder o gosto,

e o sentido de viver,

então, para emergir do desalento,

o remédio para o sofrimento

é a "si próprio" conhecer.

  • Autor: Marcelo Veloso (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de fevereiro de 2022 08:13
  • Comentário do autor sobre o poema: Gente e si próprio, tem neste contexto poético, a referência mais "justa" do apropriar da reflexão e não da redundância. Resumindo: sem chicana!
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 18


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