A curiosidade é uma coisa feia,
que faz da vida alheia,
um bode expiatório.
Coloca na veia porosa,
uma substância venenosa,
o mentir tão predatório.
O vesgueio da intriga,
faz surgir a briga,
e detona com a razão.
O linguajar fica picante,
replica em uma sonora deliberante,
que espedaça o coração.
O mexerico é um bulício,
que promove um sacrifício,
quando se esparrama,
inquieta, fere e vitupera,
sem dar conta que isso gera,
tirar a doçura de quem ama.
O boato é ilusão que se espalha,
ferindo como uma navalha,
sem qualquer transigência,
se envolve de pretexto,
mas, perde todo o contexto,
pela falta de prudência.
O status prende à vaidade,
e cria um desgaste na habilidade,
deixando fluir o preconceito,
revelando um ser inconhecível,
desagradável e insensível,
a um mínimo de respeito.
Ah, se a sensação do desgosto,
faz a \"gente\" perder o gosto,
e o sentido de viver,
então, para emergir do desalento,
o remédio para o sofrimento
é a \"si próprio\" conhecer.