Estrela morta

Hébron

 

sou eu aquela estrela que se apagou
seguindo em ilusão ao futuro cósmico
uma imagem do sempre que já se foi

 

sou aquela palavra não mais dita
a prosa já há tempo esquecida
sou a letra do verbo que já não agita

 

sou a dose de esquecimento de um ato
a fartura antes havida nessa realidade de fome
sou a ânsia da expectativa que nos consome

 

sou a porção da esperança posta no prato
a ternura antes havida nessa realidade insone
sou o amor radioativo que corrói o próprio nome

 

e sou a ideia simples fluindo distraída 
a trova disforme de uma canção retraída 
a rima métrica incalculada, fria, contraída 

 

sou eu aquela estrela que se apagou
seguindo em ilusão ao futuro cósmico
uma imagem do sempre que já se foi

 

  • Autor: Hébron (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de fevereiro de 2022 10:04
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 25
Comentários +

Comentários3

  • Dr. Francisco Mello

    O importante é que ÉS, poeta. Parabéns. Gostei um eito como se diz em Uruguaiana. Bom final de semana e um baita abraço, tchê.

    • Hébron

      Caro amigo poeta, muito obrigado!
      Um baita abraço para vc também!

    • Antropoetico

      Arrepiei com cada verso! Bravo!

      • Hébron

        Que satisfação seu comentário me traz! Muito obrigado e esteja sempre presente por aqui.
        Abraço

      • Ernane Bernardo

        Lindos versos, linda poesia meu amigo poeta colibri Hébron, ótimo domingo, um forte abraço.

        • Hébron

          Muito obrigado, caríssimo Ernane!
          Grande abraço, meu amigo



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