Liduina do Nascimento

Silencio entrecortado

 

Silêncio entrecortado

Tarde sumindo,  pássaros chegando, um deles vem voando tão sozinho, chamando a minha  atenção... o meu olhar acompanhou o seu voo, até o seu triste pouso ao chão. Não satisfeito, por entre as folhagens  foi se esconder, não desisto, fico roubando a sua beleza, na copa da árvore,  consigo ver... Outros,  a ele vão se juntar, começa a cantoria, delicioso alvoroço final de mais um dia. A noite não tarda a chegar, desfilando pelos céus resta deles, um par, apaixonados, por aí à voar! Querem assistir a cor do sol se desfazendo aos poucos... esqueço das horas roubando seus voos, com ar de riso, teriam eles, sido feitos para me alegrar? Deles, tanto preciso. É uma paixão, essa mistura dos seus voos que atiçam a minha imaginação... desço o meu olhar às roseiras, defronta, com a beleza e medo,  os espinhos ferem cedo. Caminho, silêncio entrecortado,  eu, personagem solitário, vou embora, sem acenar para o sol, sempre o mesmo em qualquer lugar... Retalhos de sonhos, do tudo e do nada, a vida  não tem remendos, escorregadia é a felicidade.

Liduina do Nascimento

  • Autor: Liduina do Nascimento (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de Fevereiro de 2022 14:15
  • Comentário do autor sobre o poema: Silenciando o amor
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 14

Comentários1

  • LEIDE FREITAS

    Texto muito bonito.
    Boa noite!



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