Altofe

Inspiração forte e memória fraca

 

Inspiração forte e memória fraca

 

Versos brotam de repente,

não tenho onde anotar,

ficam perdidos para sempre,

em vão tento das palavra recordar.

 

Seria o poema perfeito,

talvez fosse o meu preferido

entre todos que não tenho feito

por tê-los sempre esquecido.

 

Palavras puras em sincronia,

pensadas a qualquer momento,

revelando uma linda poesia,

fogem como fumaça ao vento.

 

Sou poeta em minha mente,

encontro rimas que não tem preço,

minha poesia é sempre presente,

preciso escrevê-las logo, senão esqueço.

 

Criar poemas necessita um dom raro,

vai além do que eu ofereço,

fica o verso incompleto e sem reparo

e por vezes falta um fim ou começo.

  • Autor: Altofe (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de Fevereiro de 2022 08:06
  • Comentário do autor sobre o poema: Um ensaio sobre alguns mistérios da mente que fascinam. Tenho uma memória peculiar, consigo lembrar o nome sobrenome e número da chamada de coleguinhas do primário mas não lembro do nome de uma pessoa apresentada a 1 minuto. Lembro de detalhes do passado que deixo as pessoas até desconcertadas por não lembrarem, mas sou incapaz de cantar a letra da minha música predileta, mas se a ler na forma de poema, sem música, jamais esquecerei. Toda sexta-feira preciso anotar todos afazeres para segunda-feira senão a única coisa que farei é publicar algum poema esquecendo do resto. Talvez até tenha uma memória seletiva como me disseram, não deixa de ser verdade porque eu jamais me preocupo de guardar informações corriqueiras que possas ser consultadas, guardo espaço para memórias mais duradouras que representem um fato ou no mínimo uma boa história para ser contada futuramente, mesmo assim cada vez que preciso ligar para minha mãe, que não troca o número do fixo fazem 30 anos eu preciso perguntar para minha mulher, mas os 2 números anteriores dela (dos anos 70 e 80) eu lembro perfeitamente. Por isso sempre carrego um caderninho para anotar frases, versos ou pensamentos que possam depois virar um poema, e deixo papel e caneta na cômoda ao lado do abajur, é comum acordar com um poema feito ou pensar em algo durante a noite. Já confiei em mídias digitais e perdi muita coisa, a minha maior perda foi nos anos 80 quando tinham acabado de lançar o disco rígido, e eu trabalhava de madrugada e entre 2 e 5 da manhã tinha tempo ocioso para escrever, tinha guardado 26 contos de causos de realismo fantástico que estava escrevendo a um ano e meio... sem back-up, naquela época ninguém imaginava que hd´s pudessem falhar. :(( nos anos 90 tentei reescrever algumas das histórias, porque a maioria nem lembro sobre o que eram, dos 36 contos consegui lembrar somente de 15 temas e vagamente dos enredos, mas pra mim ideias originais que vão não voltam mais, é frustrante.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 33

Comentários2

  • Elfrans Silva

    É interessante em como nossos trabalhos poéticos resultam. Quando achamos que não deu em nada ao relermos eles, aparecem outros que se deliciam com os mesmos e nos parabenizam por tais obras. Vai entende isso? Coisas do coração, acredito. Convém continuar e "lançar a garrafinha com o poema nas águas ". Abraços fraternos poeta. Bom dia

    • Altofe

      Tens toda a razão caro poeta, muito obrigado por sua visita. Abs.

    • LEIDE FREITAS

      Esse é um problema de todos os poetas, nem sempre colocamos no papel a poesia que compomos, alguns ficam perdidos nos labirintos da memória.

      Boa noite!

      • Altofe

        É verdade poeta, e também as vezes quando anotados ficam perdidos em gavetas, é comum eu encontrar escritos ou desenhos meus perdidos em pastas ou cadernos, feitos a tempos, que me parecem tão estranhos que fico em dúvida se foi eu mesmo quem os escreveu ou desenhou. Muito obrigado por sua leitura e seu atencioso comentário. Abs.



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