Confissão
Padre, eu vim me confessar.
Pois não, meu filho, pode falar.
Padre, eu furtei, eu matei, eu chorei, eu amei, eu nem sei o que fazer, para Deus me perdoar.
Pois não meu filho continue a se confessar.
Eu adulterei, enganei a muitos e a mim mesmo, dizendo que ia com isso tudo, parar.
Trafiquei, era um dia santo e eu assassinei com três tiros o amor.
Reclamei do frio, reclamei do calor.
Pequei em pensamento.
Não orava e nem rezava, alegando que isso era perder tempo.
Pequei sendo viciado.
Pequei por achar, que algumas pessoas não tinham valor.
Por amaldiçoar, o vendaval.
Pequei pela sede de querer vencer.
Por não querer nascer, e não querer morrer.
Por poucas vezes, ter visto sol e a lua nascer.
Por ter guardado, ódio e rancor no coração.
Por estar acompanhado, por muita gente, e ter sentido solidão.
Pequei, no falar.
Pequei, no olhar.
Pequei, no sonhar.
Padre, a minha confissão toda, aqui está.
O senhor vai me condenar?
Se Deus, a todos perdoa quem sou eu para condenar? Vá, e pense, antes de pecar.
-
Autor:
Ronaldo Leite da Silva (
Offline)
- Publicado: 7 de fevereiro de 2022 10:18
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 9
Comentários2
SERGIO NEVES - ...caramba!...onde foste arrumar um "delinquente" dessa espécie?...tá louco, sô!...não sobrou "pecado" pra mais ninguém! / ...bom, de toda a forma o teu escrito atinge o seu objetivo...,...a "mensagem" foi dada... / ...gostei! /// Abçs.
Muito legal, poeta, Ronaldo Leite da Silva! Mas cá entre nós: confesso que temos pelo padre! Cara a ficha corrida deste facínora, faz do Fernandinho Beirar, um santo. Rsrs!
Abraços?
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.