Big Bang, o dilúvio

Watafakovisk

Grande explosão, se chocaram,  

Era antes só vácuo,   

Hoje criaram espaço, 

E de lá existiu luz.  

O sol em seu centro, 

Planetas em seu rodeio,  

Giram e passa o tempo. 

 

Pequenos astros andam. 

Fragmentos de matérias, 

Consigo carrega vida, 

E o seu fogo te leva. 

Gaia o fraga, matérias se amam. 

A atração o leva a água, 

As matérias se encarnam, 

Agora a Terra tem seres.  

Pequenas moléculas, 

Se tornaram peixes, 

Se desafiaram a ter perna, 

Então evoluíram-se gentes, 

Se abrigam nas cavernas, 

Pintaram as paredes, 

E alguns se entendem, 

Do céu caiu água, 

Na sua cara, cresceu pelos  

Um raio caiu do céu, 

E o fogo reviveram, 

Comeram e dançavam,  

outros se adoeceram, 

E novos jeitos fizeram, 

E nos recriamos. 

 

Olhamos as nossas plantas,  

Alimentávamos dos grãos,  

nas Beiras de rios mudamos, 

E assim continuamos, 

E juntavam se amigos, 

Mas também tinha inimigos, 

E assustados nos guerreamos, 

Sabendo que não era preciso. 

Porem dentro da cidade, 

Escolheram um líder, 

Não era necessário, 

O líder era autoritário. 

Foi assim que se ergueu, 

Alguns revolucionários, 

na luta gente morreu, 

A violencia era o cenário. 

 

Séculos passaram, 

Essa luta não se encerra, 

Seu filho armado na guerra, 

Na escola apagaram sua vela. 

Ainda nas fabricas, 

Tinha os que trabalham, 

A maioria sem direito,  

Os corpos se empilhavam, 

Se escreviam mais livros, 

Gravados eram pelo estado, 

Muitos não podiam, 

Ser compartilhados, 

E o humano na história, 

Novamente foi rejeitado, 

Eram todos escravos, 

Então escutaram os revoltados, 

Todos se juntaram, 

Tochas e garfos,  

E andaram lado a lado, 

Marcharam contra os autoritários, 

Os jovens a frente, 

Muito deles já lideravam, 

Então foi que, 

Um lutador foi acertado...

 

A sua mãe no campo, 

Ao saber seu olho escorre, 

Caindo no chão, 

As lagrimas o engole, 

Começa a se fazer uma poça, 

A água sobe até o joelho, 

O mundo vai encharca, 

As águas vêm a afronta, 

Do campo o mar se forma, 

O amor precisa banhar, 

O rancor precisa lavar, 

A desconfiança afogar,  

Então litros aumentam, 

líderes com a água, 

Bem acima da cabeça, 

Segurando o ar que aguentam,   

A cidade se forma Atlântida, 

Os corpos no fundo, 

Já não existia desamor naquele mundo, 

 Era apenas água em tudo. 

 

O choro da mãe que limpa o mundo. 

O choro da mãe que recria o mundo. 

O amor da mãe que refaz tudo. 

O amor da mãe que liquida o mundo. 

Eu te amo mãe! 

  • Autor: Vagabundo (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de fevereiro de 2022 06:38
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 93
Comentários +

Comentários2

  • Shmuel

    Ufa, depois deste passeio ao Big Bang, evolução da espécie, seguido de batalhas épica, tivemos a felicidade de contar com a mãe!
    Abraços e bom dia!

  • CORASSIS

    Bela inspiração poética
    Parabéns poeta !



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