Aviso de ausência de Juca Santos
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As palavras que me ferem,
Não te atingem, não te arranham,
Os olhares que me marcam,
Não te abarcam, não te apanham
Os valores que te cobrem
Não me valem, não me ganham.
Os horrores que te estranham
Me atingem, em sutileza,
Os teus hábitos, que não tenho,
Frutos da tua riqueza
São as marcas que carrego,
Filhos da minha pobreza.
No que enxergas beleza,
Pode não haver doçura.
Os espinhos que me crivam,
O seu calçado tritura,
Os bálsamos que te perfumam,
Não curam minha loucura.
- Autor: Juca Santos (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 4 de fevereiro de 2022 13:16
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 27
Comentários1
Bravo! O poeta revela ser bastante original e tem uma sensibilidade poética a toda prova,! Meu aplauso!
Muito obrigado. Minhas origens aqui no interior do RN me envolveu desde muito cedo com o universo do cordel, das cantorias de viola na latada, nos programas de rádio onde tocavam muito as declamações de Chico Pedrosa e José Laurentino, dentre outros poetas cantadores, que muito me influenciaram. Muito obrigado mais uma vez e forte abraço virtual.
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