Sobre as dunas a folha farfalha
Há arbustos solanáceos dubois
No Oceano Indico na Austrália
Vagueiam pela areia em caracóis
O mar dança em ondas na praia
Saltitando pelos grãos da areia
Presentificação da cor da jandaia
Visão imagética da linda sereia
Maresia em inebriantes lençóis
Na água do mar há vários íons
Ao ensombrecer em tons bemóis
Cantam cigarras sob a duboisia
O palíndromo “ame o poema”
É como a luz branca dos faróis
Que reflete numa rota serena
Levando o poeta até os dubois
Meu poema é do tipo solanácea
Pulsa nos átrios no cimo da flor
É uma exótica planta herbácea
Verossimilhança com meu amor
- Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 25 de janeiro de 2022 01:59
- Comentário do autor sobre o poema: Escrevi esse poema sobre Duboísia, por ser uma planta herbácea difícil de ser encontrada. É uma erva de folhas alternadas e glabras (sem pelos) são estreitas e elípticas (cilíndrica). A inflorescência é uma panícula cimosa aberta de flores brancas apicalmente pequenas, às vezes com um tubo listrado roxo ou malva. Florescem profusamente na primavera. O fruto é uma baga pequena, globular, preta e suculenta. Os australianos aborígenes às vezes mastigam as folhas contendo nicotina de Duboisia, misturadas com cinzas de madeira por seus efeitos estimulantes e, após uso prolongado, depressores. As folhas de Duboisia também contêm escopolamina e hiosciamina, juntamente com alguns outros alcaloides farmaceuticamente importantes. Um derivado da escopolamina é a droga butilescopolamina, um potente antiespasmódico de ação periférica. Estas árvores são cultivadas comercialmente para a indústria farmacêutica. O gênero foi nomeado por Robert Brown em homenagem a Louis DuBois, que escreveu várias obras sobre plantas medicinais.
- Categoria: Não classificado
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