Arlindo Nogueira

DUBOIS

Sobre as dunas a folha farfalha

Há arbustos solanáceos dubois

No Oceano Indico na Austrália

Vagueiam pela areia em caracóis

 

O mar dança em ondas na praia

Saltitando pelos grãos da areia

Presentificação da cor da jandaia

Visão imagética da linda sereia

 

Maresia em inebriantes lençóis

Na água do mar há vários íons

Ao ensombrecer em tons bemóis

Cantam cigarras sob a duboisia

 

O palíndromo “ame o poema”

É como a luz branca dos faróis

Que reflete numa rota serena

Levando o poeta até os dubois

 

Meu poema é do tipo solanácea

Pulsa nos átrios no cimo da flor

É uma exótica planta herbácea

Verossimilhança com meu amor